Há distintas situações em que podemos lançar mão de testes genéticos para entender melhor as características de um câncer. Muitos testes têm sido utilizados para auxiliar a guiar o melhor tratamento, seja através de definir riscos ou definindo a melhor medicação para cada tipo de câncer.
Especificamente para homens que tiveram uma biópsia de próstata demonstrando um câncer – mais especificamente adenocarcinoma acinar da próstata – podemos lançar mão destes testes em algumas situações.
Estes testes são especialmente interessantes para pacientes com um câncer localizado na glândula prostática e classificado como de baixo risco ou de risco intermediário favorável. Ou seja, tumores com níveis de PSA não muito elevados, de no máximo 20 ng/dL, poucas alterações ao toque retal ou à ressonância magnética (estadio clínico T1 ou T2) e com escores de Gleason 6 (3+3) ou Gleason 7 (3+4). Pela classificação de ISUP são tumores ISUP 1 ou ISUP 2.
Nestas situações especificadas, estes testes podem nos auxiliar a prever qual o risco destes tumores avançarem ou disseminarem-se baseados no perfil genético de milhares de outros tumores avaliados, e comparar com o tumor do paciente em questão. Desta forma, podemos tentar definir se o acompanhamento sem a necessidade de tratamento (vigilância ativa) é uma boa opção, ou se é arriscado e é melhor realizar uma intervenção, como radioterapia ou prostatectomia.