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SINDROME DE NUTCRACKER

Uma causa pouco comum de dor lombar, cólica renal, hematúria (sangramento na urina), proteinúria (proteínas na urina), varicocele e varizes pélvicas é a síndrome de nutcracker. Embora uma situação rara, deve ser considerada principalmente em indivíduos que estes sintomas ocorram com freqüência, à esquerda, e não são detectados cálculos renais, ureterais, trombose de veia renal, loin pain hematúria syndrome ou mal-formações vasculares renais.

A síndrome de Nutcracker caracteriza-se pela compressão da veia renal pelas artérias mesentérica superior e aorta. A veia renal esquerda normalmente passa sobre a artéria aorta e abaixo da artéria mesentérica superior. Principalmente em indivíduos longilíneos (magros e altos), o ângulo da saída da artéria mesentérica da aorta pode tornar-se mais agudo, pinçando a veia renal. Este pinçamento pode ocasionar aumento da pressão na veia renal, traduzindo-se em aumento da pressão venosa no rim e para a pelve/ovários. O diagnóstico é realizado mediante a suspeita clínica e a realização de exames complementares, como ultrassonografia, Doppler, tomografia, ressonância magnética e/ou arteriografia.

O tratamento padrão para esta síndrome é conservador. Na maioria dos indivíduos, com o passar do tempo e eventualmente com ganho de peso os sintomas são amenizados. Nos raros casos em que o tratamento cirúrgico é necessário, há algumas alternativas:

– tratamento endovascular: através da colocação de stent dentro da veia renal, impede-se esta compressão. É um procedimento pouco invasivo e simples para indivíduos com experiência na técnica. O grande problema é o risco de trombose elevado de um stent venoso, e a necessidade de uso de antiagregantes plaquetarios e anticoagulantes por período indefinido.

– Tratamento cirúrgico: A cirurgia convencional para esta situação é a transposição da veia renal. Através de um procedimento cirúrgico, a veia renal é desinserida da veia cava e re-inserida em outro ponto, para não haver mais compressão. Alternativas são o shunt (ou desvio) pelas veias gonadais.

– Tratamento cirúrgico alternativo: através de via laparoscópica, uma alternativa recentemente descrita e com bons índices de sucesso, pode-se realizar a colocação de uma prótese vascular externa à veia renal. Funciona como um “escudo”, impedindo a compressão da veia pelas artérias aorta e mesentérica superior. A grande vantagem deste método é a via de acesso, pouco invasiva, bem como o fato de não necessitar-se o uso de anticoagulantes. Em nossa experiência, este passou a ser o método de tratamento de escolha quando alguma intervenção torna-se necessária. Tem como vantagens oferecer um tratamento curativo, minimamente invasivo e sem a necessidade de utilização de anticoagulantes por longos períodos ou indeterminadamente. Segue o link para esta técnica cirúrgica.

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